terça-feira, 13 de novembro de 2012

Os transportes no Brasil

          Até a década de 1950, a economia brasileira se fundava na exportação de produtos primários, e com isso o sistema de transportes limitou-se aos transportes fluvial e ferroviário. Com a aceleração do processo industrial na segunda metade do século XX, a política para o setor concentrou os recursos no setor rodoviário, com prejuízo para as ferrovias, especialmente na área da indústria pesada e extração mineral. Como resultado, o setor rodoviário, o mais caro depois do aéreo, movimentava no final do século mais de sessenta por cento das cargas.
             As primeiras medidas concretas para a formação de um sistema de transportes no Brasil só foram estabelecidas em 1934. Desde a criação da primeira estrada de ferro até 1946 os esquemas viários de âmbito nacional foram montados tendo por base as ferrovias, complementados pelas vias fluviais e a malha rodoviária. Esses conceitos começaram a ser modificados a partir de então, especialmente pela profunda mudança que se operou na economia brasileira, e a ênfase passou para o setor rodoviário.

A crise econômica da década de 1980 e uma nova orientação política tiveram como conseqüência uma queda expressiva na destinação de verbas públicas para os transportes.



TRANSPORTE FERROVIÁRIO

A primeira estrada de ferro brasileira foi inaugurada no Rio de Janeiro em 1854, com 14,5 km de extensão, unindo a Baía de Guanabara ao sopé da Serra da Estrela, no caminho de Petrópolis. Outras foram construídas posteriormente, no Nordeste e no planalto paulista, estas impulsionadas pela cultura do café – provocando a ligação Santos-São Paulo-Jundiaí e a construção das linhas das Cias.

O setor ferroviário se desenvolveu de forma acelerada desde a inauguração da primeira estrada de ferro, até 1920. A década de 1940 marcou o começo do processo de estagnação, que se acentuou com a ênfase do poder central na malha rodoviária. Diversas ferrovias e ramais começaram a ser desativados e a rede ferroviária, que em 1960 tinha 38.287 km, reduziu-se a 26.659 km em 1980. A crise do petróleo na década de 1970 mostrou a necessidade da correção da política de transportes, mas dificuldades financeiras impediram a adoção de medidas eficazes para recuperar, modernizar e manter a rede ferroviária nacional, que entrou em processo acelerado de degradação.


TRANSPORTE RODOVIÁRIO

No Brasil, a extensa área, a disponibilidade hídrica, a longa faixa litorânea e os relevos pouco acidentados não impediram a adoção de uma política de transportes apoiada nas rodovias.

As estradas brasileiras tiveram sua construção iniciada apenas no século XIX e as rodovias surgiram só na década de 1920, primeiro no Nordeste, em programas de combate às secas. Em 1928 foi inaugurada a primeira rodovia pavimentada, a Rio-Petrópolis, hoje rodovia Washington Luís.

A partir das décadas de 1940 e 1950, a construção de rodovias ganhou poderoso impulso devido a três fatores principais: a criação do Fundo Rodoviário Nacional, em 1946, que estabeleceu um imposto sobre combustíveis líquidos, usado para financiar a construção de estradas pelos estados e a União; a fundação da Petrobrás, em 1954, que passou a produzir asfalto em grande quantidade; e a implantação da indústria automobilística nacional, em 1957.

A mudança da capital do Rio de Janeiro para Brasília levou à criação de um novo e ambicioso plano rodoviário para ligar a nova capital a todas as regiões do país. Entre as rodovias construídas a partir desse plano destacam-se a Brasília-Acre e a Belém-Brasília, que se estende por 2.070 km, um terço dos quais através da selva amazônica.


TRANSPORTE HIDROVIÁRIO

Hoje, a navegação fluvial no Brasil está numa posição inferior em relação aos outros sistemas de transportes. É o sistema de menor participação no transporte de mercadoria no Brasil. Isto ocorre devido a vários fatores. Muitos rios do Brasil são de planalto, por exemplo, apresentando-se encachoeirados, portanto, dificultam a navegação. É o caso dos rios Tietê, Paraná, Grande, São Francisco e outros. Outro motivo são os rios de planície facilmente navegáveis (Amazonas e Paraguai), os quais encontram-se afastados dos grandes centros econômicos do Brasil.

Nos últimos anos têm sido realizadas várias obras, com o intuito de tornar os rios brasileiros navegáveis. Eclusas são construídas para superar as diferenças de nível das águas nas barragens das usinas hidrelétricas. É o caso da eclusa de Barra Bonita no rio Tietê e da eclusa de Jupiá no rio Paraná, já prontas.

Existe também um projeto de ligação da Bacia Amazônica à Bacia do Paraná. É a hidrovia de Contorno, que permitirá a ligação da região Norte do Brasil às regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul, caso implantado. O seu significado econômico e social é de grande importância, pois permitirá um transporte de baixo custo


TRANSPORTE AÉREO

Implantado no Brasil em 1927, o transporte aéreo é realizado por companhias particulares sob o controle do Ministério da Aeronáutica no que diz respeito ao equipamento utilizado, abertura de novas linhas etc. A rede brasileira, que cresceu muito até a década de 1980, sofreu as conseqüências da crise mundial que afetou o setor nos primeiros anos da década de 1990.

O transporte aeroviário é responsável por 4% do movimento total de passageiros no Brasil. No segmento de carga, sua participação é de 0,65%. A receita total do setor gira em torno de R$ 12 bilhões ao ano.

As companhias aéreas brasileiras transportaram em média 40 milhões de passageiros (29 milhões em vôos internos e 11 milhões em vôos internacionais), de acordo com o Departamento de Aviação Civil - DAC, com um acréscimo de 27,9% em relação ao ano anterior. Além disso, haviam 10.332 aeronaves registradas ativas e 2.014 aeroportos e aeródromos oficiais, sendo 1.299 privados e 715 públicos (dados de abril/2000). 


TRANSPORTE MARÍTIMO

Entre 1920 e 1945, com o florescimento da indústria de construção naval, houve um crescimento constante do transporte marítimo, mas a partir dessa época a navegação de cabotagem declinou de forma substancial e foi substituída pelo transporte rodoviário. Para reativar o setor, o Congresso aprovou em 1995 uma emenda constitucional que retirou dos navios de bandeira brasileira a reserva de mercado na exploração comercial da navegação de cabotagem e permitiu a participação de navios de bandeira estrangeira no transporte costeiro de cargas e passageiros.

Na realidade, o transporte multimodal é a melhor opção para o Brasil, pois a associação de vários sistemas de transporte e a criação de terminais rodoviários, ferroviários e hidroviários reduziriam os fretes, aumentariam a competitividade dos produtos e permitiriam uma maior integração territorial.

Além dos corredores de transportes (Araguaia-Tocantins, Leste, Fronteira Norte, Mercosul, Transmetropolitano, Nordeste, Oeste-Norte, São Francisco, Sudoeste), é fundamental abrir um caminho em direção ao oceano Pacífico (corredor bioceânico) para atingir os grandes mercados da Ásia e do Pacífico.


segunda-feira, 12 de novembro de 2012

A industrialização brasileira

O Brasil é considerado um país emergente ou em desenvolvimento. Apesar disso, está quase um século atrasado industrialmente e tecnologicamente em relação às nações que ingressaram no processo de industrialização no momento em que a Primeira Revolução Industrial entrou em vigor, como Inglaterra, Alemanha, França, Estados Unidos, Japão e outros.

As indústrias no Brasil se desenvolveram a partir de mudanças estruturais de caráter econômico, social e político, que ocorreram principalmente nos últimos trinta anos do século XIX.O processo industrial brasileiro passou por quatro etapas.
• Primeira etapa: essa ocorreu entre 1500 e 1808, quando o país ainda era colônia. Dessa forma, a metrópole não aceitava a implantação de indústrias (salvo em casos especiais, como os engenhos) e a produção tinha regime artesanal.



• Segunda etapa:  corresponde a uma fase que se desenvolveu entre 1808 a 1930 Nesse período foi concedida a permissão para a implantação de indústria no país. Outro fator determinante nesse sentido foi o declínio do café, momento em que muitos fazendeiros deixaram as atividades do campo e, com seus recursos, entraram no setor industrial, que prometia grandes perspectivas de prosperidade. As primeiras empresas limitavam-se à produção de alimentos, de tecidos, além de velas e sabão. Em suma, tratava-se de produtos sem grandes tecnologias empregadas.




• Terceira etapa: período que ocorreu entre 1930 e 1955, momento em que a indústria recebeu muitos investimentos dos ex-cafeicultores e também em logística. Assim, houve a construção de vias de circulação de mercadorias, matérias-primas e pessoas, proveniente das evoluções nos meios de transporte que facilitaram a distribuição de produtos para várias regiões do país (muitas ferrovias que anteriormente transportavam café, nessa etapa passaram a servir os interesses industriais). Foi instalada no país a Companhia Siderúrgica Nacional, construída entre os anos de 1942 e 1947, empresa de extrema importância no sistema produtivo industrial, uma vez que abastecia as indústrias com matéria-prima, principalmente metais. No ano de 1953, foi instituída uma das mais promissoras empresas estatais: a PETROBRAS.

• Quarta etapa: teve início em 1955, e segue até os dias de hoje. Essa fase foi promovida inicialmente pelo presidente Juscelino Kubitschek, que promoveu a abertura da economia e das fronteiras produtivas, permitindo a entrada de recursos em forma de empréstimos e também em investimentos com a instalação de empresas multinacionais. 
No fim do século XX houve um razoável crescimento econômico no país, promovendo uma melhoria na qualidade de vida da população brasileira, além de maior acesso ao consumo. Houve também a estabilidade da moeda, além de outros fatores que foram determinantes para o progresso gradativo do país.



quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Fontes de Energia

Fontes de Energia


Meus amores, estas são algumas imagens que separei pra vocês assimilarem melhor o conteúdo visto em sala. Embora eu saiba que meus desenhos no quadro sejam lindos! (rsrsrsrs)

Energia Hidráulica





Energia Solar


Energia Eólica






Energia Fóssil









 Energia Nuclear





quinta-feira, 31 de maio de 2012

Minhas vidinhas, aqui estão algumas imagens do que estudamos em sala da aula. Irão ajudar na compreensão do conteúdo!

Os tipos de Rochas

Rocha Sedimentar


Rocha Metamórfica

Rochas Magmáticas Intrusivas e Extrusivas






Intemperismo Físico

  

Intemperismo Químico




                      Intemperismo Biológico



Os agentes Internos que atuam na formação do relevo



Tectonismo

Vulcanismo


Terremotos





Os agentes externos

Erosão das águas


Glacial


Marinha

Fluvial

Pluvial

Erosão Eólica
 
Erosão Antrópica (Causado pela ação humana)







Ravinamentos e Voçorocas





 





segunda-feira, 28 de maio de 2012

Amores, prestem atenção ao calendário das nossas Avaliações:

Filosofia - 04/06/12
Assuntos: Módulo (p. 24 à p.36)

Geografia - 06/06/12
Assuntos: Módulo (p.39 à p.53)
               Anotação do caderno - O relevo terrestre e as suas transformações



Revisão para Avaliação de Geografia



Marque a resposta certa:

1) Qual desses abaixo, não é um agente interno:
a) terremoto
b) chuva
c) vulcanismo
d) movimentos orogenéticos

2) Uma forma de relevo com área irregular, e relativamente plana e inclinada, é o que chamamos de:
a) montanhas
b) litoral
c) planalto
d) planície

3) Quando uma depressão tem altitude inferior ao nível do mar chamamos de:
 a) agentes esculturais
b) pequena depressão
c) piemonte
d) depressão absoluta

4) Fenômenos de ação lenta, mas de grande importância na transformação do relevo, dá-se o nome:
 a) agentes esculturais
b) agentes internos
c) agentes culturais
d) agentes físicos

5) A ação dos agentes físicos, químicos e biológicos, separando e decompondo as rochas, dá-se o nome de:
 a) metamorfismo
b) intemperismo
c) erosão eólica
d) sedimentação

6) Leia e responda as questões abaixo com base no trecho da música de Julinho Carvalho.

“No relevo tem Planalto
tem planície pra valer
tem montanhas de montão
depressão é só pra ver
o relevo é toda forma que a Terra pode ter
litosfera se moldando pro relevo aparecer
forças internas e externas
atuando sem parar
observe que “barato”
que a Terra vai ficar...”
 
a) Segundo o trecho da música, o que é relevo? _________________________________________

 b) Quais são os principais tipos de relevos descritos no trecho da música? 
________________________________________________
  
c) Quais os agentes (forças) que transformam o relevo terrestre? 
___________________________________________________________

7. Relacione as colunas: 
(1 ) Montanhas                                    
(2 ) Planaltos              
(3 ) Planícies       
(4 ) Depressão relativa                 
 (5 ) Depressão absoluta                 

( ) Situam abaixo do nível do mar- Mar Morto
( ) Superfície em que o processo de deposição supera o de erosão
( ) Grandes elevações naturais da superfície da Terra,possuem acima de 3500m.
( ) Superfície irregulares com altitude acima de 300m,resultante da erosão
( ) Suas áreas são mais baixas que as superfíciesvizinhas.

 8) Nomeie as camadas do Planeta Terra